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Deficiências nutricionais na infância

COMO IDENTIFICAR SINAIS DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS NA INFÂNCIA E AGIR A TEMPO As deficiências nutricionais estão cada vez mais comuns na infância, e isso é preocupante, pois os nutrientes impactam diretamente o desenvolvimento e a saúde física, neurocognitiva e até emocional da criança. Alguns danos permanentes podem ocorrer devido a deficiências nutricionais; portanto, agir precocemente é essencial para intervir a tempo e evitar problemas mais graves. Neste artigo, vamos explorar os principais sinais de deficiências nutricionais na infância e como agir para corrigir esses desequilíbrios. No entanto, é preciso lembrar, antes disso, que a verdadeira prevenção é uma alimentação saudável e personalizada desde antes da concepção da criança e em todas as etapas de sua vida (incluindo gestação e aleitamento). Sempre que houver deficiência nutricional, a alimentação precisa ser ajustada para garantir que a criança obtenha tudo que necessita através dos alimentos, mesmo quando há necessidade de suplementação. Os nutrientes obtidos por meio dos alimentos são melhor absorvidos pelo organismo, pois tem maior biodisponibilidade. O que isso quer dizer? Que o nosso corpo possui componentes que favorecem sua utilização.

As deficiências nutricionais estão cada vez mais comuns na infância, e isso é preocupante, pois os nutrientes impactam diretamente o desenvolvimento e a saúde física, neuro cognitiva e até emocional da criança. Alguns danos permanentes podem ocorrer devido a deficiências nutricionais; portanto, agir precocemente é essencial para intervir a tempo e evitar problemas mais graves. Neste artigo, vamos explorar os principais sinais de deficiências nutricionais na infância e como agir para corrigir esses desequilíbrios. No entanto, é preciso lembrar, antes disso, que a verdadeira prevenção é uma alimentação saudável e personalizada desde antes da concepção da criança e em todas as etapas de sua vida (incluindo gestação e aleitamento). Sempre que houver deficiência nutricional, a alimentação precisa ser ajustada para garantir que a criança obtenha tudo que necessita através dos alimentos, mesmo quando há necessidade de suplementação. Os nutrientes obtidos por meio dos alimentos são melhor absorvidos pelo organismo, pois tem maior biodisponibilidade. O que isso quer dizer? Que o nosso corpo possui componentes que favorecem sua utilização. Também existe uma sinergia entre os todos os nutrientes que compõem um alimento que não pode ser reproduzida pelos suplementos. A suplementação é essencial em alguns casos, mas em nenhum caso a alimentação pode ser colocada em segundo plano. Mesmo diante de uma seletividade alimentar extrema, os suplementos devem ser um suporte temporário, utilizado enquanto se trabalha para que a criança retome uma alimentação adequada. A suplementação não substitui a alimentação. 1. Fatores que interferem na ingesta adequada de nutrientes A alimentação infantil é a base para o crescimento saudável e o desenvolvimento adequado. No entanto, diversos fatores podem interferir na absorção e no aproveitamento dos nutrientes. O ambiente e os hábitos de vida atuais estão intrinsicamente envolvidos nesse quadro. O modo de vida, o tipo de alimento que está tendo preferência na mesa das famílias e até mesmo a qualidade do solo impactam a disponibilidade de nutrientes e a absorção deles. O consumo excessivo de ultraprocessados, por exemplo, pode comprometer a ingestão de vitaminas e minerais importantes, já que esses alimentos são pobres em nutrientes e ricos em aditivos que prejudicam a saúde. Além disso, condições como disbiose intestinal – um desequilíbrio na microbiota do intestino –, causadas principalmente pela ingesta de ultraprocessados e por alergias alimentares não tratadas, podem reduzir a absorção de nutrientes essenciais, resultando em deficiências nutricionais (tratarei desse tema de forma aprofundada em outro artigo). Alguns medicamentos comumente usados em crianças também afetam negativamente a absorção de micronutrientes, como por exemplo a Dexametasona e a Prednisona, que reduzem a absorção das vitaminas A, C, B6, ácido fólico, Ca, K, P e Mg e aumentam a excreção de vitaminas C, B6, K, Zn e tiamina. Outras causas incluem restrições causadas por seletividade alimentar e uso excessivo de antibióticos. Também existem polimorfismos genéticos, bastante comuns, que podem interferir na absorção de nutrientes, levando a deficiências nutricionais e até a doenças. Polimorfismos são variações genéticas que aparecem como consequências de mutações e podem afetar a digestão, absorção e metabolismo de nutrientes. Um exemplo de polimorfismo dos mais estudados é o MTHFR, que afeta os níveis plasmáticos do folato (vitamina B9) e é bastante comum em autistas. Por isso, em alguns casos, é necessária a investigação genética para detectar a causa de alguma deficiência inexplicada por outras investigações. 2. Sinais de deficiências nutricionais comuns 2.1. Deficiência de ferro O ferro é fundamental para a formação da hemoglobina, células vermelhas do sangue que transportam oxigênio pelo corpo. Participa de numerosas vias metabólicas, auxilia no processo imunológico e de divisão celular. A deficiência desse mineral pode causar anemia ferropriva; mas, antes mesmo de haver anemia propriamente dita, sintomas de ferro baixo no organismo já podem ser notados. Alguns deles são: O que fazer?Procure um profissional de saúde para realizar exames e investigar o status de ferro. Não basta avaliar a hemoglobina, é preciso saber também os valores da ferritina e da saturação de transferrina para detectar qualquer alteração. É importante que a alimentação diária tenha alimentos ricos em ferro. São eles: leguminosas (feijões, lentilhas, ervilhas, soja, grão-de-bico), folhas verde-escuras (como espinafre, taioba, agrião, coentro, salsa e couve), cereais (quinoa, aveia) oleaginosas e frutas secas, brócolis e carnes. Para melhorar a absorção, é importante associar esses alimentos a fontes de vitamina C, como laranja, acerola e morango. No entanto, o tratamento para anemia ou níveis de ferro muito baixos de ferritina não se faz só com alimentos; é preciso suplementação de ferro. Para isso consulte um nutricionista ou pediatra. 2.2. Deficiência de vitamina D A vitamina D é na verdade um hormônio que exerce inúmeras funções no organismo. Ela é necessária para a regulação de cálcio e fósforo, por isso impacta o desenvolvimento e a saúde ósseos. É importante para o funcionamento adequado do sistema imunológico. Também desempenha papel importante na prevenção da obesidade e da depressão, pois atua na regulação do sistema nervoso, e afeta o bom funcionamento de muitos outros mecanismos corporais. A falta desse nutriente pode causar: O que fazer?A principal fonte de vitamina D é a exposição solar. Nenhum alimento consegue fornecer a quantidade diária que necessitamos de vitamina D, por isso precisamos da exposição solar. O tempo de exposição varia de acordo com o tom de pele: crianças com pele clara precisam de cerca de 10 a 20 minutos diários de exposição ao sol e crianças de pele negra precisam de aproximadamente 40 minutos, durante o horário de maior incidência dos raios UVB, que é entre 10h e 15h, com a maior parte do corpo exposta. Em ambos os casos, o momento de sair do sol é quando notar que a pele começa a ficar rosada ou avermelhada. Em casos em que a exposição ao sol não é possível (no inverno do Sul do Brasil, por exemplo), é necessário avaliar com exames laboratoriais e realizar a suplementação sob orientação profissional. 2.3. Deficiência de zinco O zinco é um mineral importante para o crescimento, cicatrização e defesa do organismo. Ele participa da síntese de DNA e divisão celular, fortalece

Aditivos químicos na alimentação infantil

Diante da crescente evidência sobre os riscos associados ao consumo de aditivos químicos na alimentação infantil, é fundamental que nós como pais sejamos mais conscientes a respeito do que estamos ofertando para nossas crianças. Optar por uma alimentação natural e minimizar a ingestão de ultraprocessados é um passo muito importante para garantir a saúde e o bem-estar das crianças. A promoção de uma dieta baseada em alimentos frescos e minimamente processados é essencial para o crescimento saudável e desenvolvimento físico e mental adequado.

 A crescente popularidade dos alimentos ultraprocessados na dieta infantil é preocupante, uma vez que esses produtos contêm diversos aditivos químicos que podem causar danos à saúde das crianças. Esses aditivos, cujo propósito é melhorar o sabor, a cor, a textura e a durabilidade dos alimentos são amplamente utilizados na maioria dos produtos alimentícios que são consumidos diariamente pelas crianças como iogurtes, biscoitos, sucos, pães e até nas fórmulas infantis. A chamada “comida de criança” está cheia de aditivos que dão cores vibrantes e sabor impactante com o objetivo de sequestrar o desejo e paladar dos pequenos.   O que são Aditivos Químicos?  Aditivos químicos são substâncias adicionadas aos alimentos para realçar características como sabor, cor, textura e aroma. No Brasil, os mais comuns incluem:  – Corantes artificiais: exemplos incluem tartrazina, azul brilhante e vermelho 40.  – Conservantes: nitratos e benzoatos são frequentemente utilizados para prolongar a vida útil dos alimentos.  – Aromatizantes: compostos como glutamato monossódico são utilizados para intensificar o sabor.  – Edulcorantes: substâncias como aspartame e sucralose substituem o açúcar para fornecer doçura sem calorias.  – Emulsificantes: presentes em muitos produtos para ajudar na mistura de ingredientes.      Riscos Associados aos Aditivos  Estudos indicam que a exposição a esses aditivos pode resultar em diversos problemas de saúde, especialmente entre crianças:  1. Comportamento e Cognição: corantes como tartrazina e vermelho 40 foram ligados a hiperatividade e dificuldades de concentração em crianças, particularmente aquelas com TDAH.  2. Microbiota Intestinal: emulsificantes e edulcorantes podem alterar a microbiota intestinal, comprometendo a absorção de nutrientes e afetando a saúde digestiva.  3. Obesidade e Metabolismo: o consumo frequente de edulcorantes pode desregular a percepção de sabor e levar ao aumento do consumo de ultraprocessados e, consequentemente, ao ganho de peso.  4. Reações Alérgicas: algumas crianças podem desenvolver reações alérgicas a corantes e conservantes, apresentando sintomas como urticária e dificuldades respiratórias.  5. Neurotoxicidade: a exposição a aditivos como glutamato e aspartame pode afetar o sistema nervoso central, gerando riscos de alteração no desenvolvimento cognitivo. O glutamato monossódico (MSG), utilizado para realçar o sabor dos alimentos, pode provocar alterações neurológicas e afetar o equilíbrio dos neurotransmissores. Também está associado a dor de cabeça, dormência, náuseas e dor torácica.     Ultraprocessados e a seletividade alimentar Além disso, existe outro problema crescente relacionado ao consumo de ultraprocessados: a recusa alimentar. Muitas crianças têm apresentado algum grau de seletividade alimentar induzida por alterações no paladar causadas pelos ultraprocessados. Depois de começar a comer produtos fabricados especificamente para hiper estimular o paladar e o sistema nervoso central a criança passa a recusar alimentos in natura, pois não provocam o mesmo efeito. A comida natural passa a ser menos atrativa, fica sem gosto e sem graça. Uma maçã, por mais nutritiva que seja, não consegue competir com o sabor intenso de um biscoito recheado. É uma “competição desleal” que começa quando nós adultos passamos a ofertar esses alimentos para as crianças. A rotina corrida, a sobrecarga materna e a propaganda da praticidade e do “valor nutritivo” dos produtos vendidos para crianças nos levaram a acreditar que não damos conta de ofertar alimentos mais saudáveis para as crianças. Chegamos em um ponto em que acreditamos, erroneamente, que cozinhar é dispensável e que frutas e vegetais não são suficientes para nutrir nossos filhos. Seria tão prático oferecer uma maçã ou banana para uma criança quanto abrir um pacote de biscoito, mas passamos a crer que “fruta não sustenta”.  Essa ideia é um mito que precisa ser combatido pelo bem de nossas crianças. Esses alimentos são fontes ricas de vitaminas, minerais e fibras, essenciais para o crescimento e desenvolvimento saudável. A praticidade de abrir um pacote de biscoito não supera a riqueza de uma fruta. Diante da crescente evidência sobre os riscos associados ao consumo de aditivos químicos na alimentação infantil, é fundamental que nós como pais sejamos mais conscientes a respeito do que estamos ofertando para nossas crianças. Optar por uma alimentação natural e reduzir drasticamente a ingestão de ultraprocessados é um passo muito importante para garantir a saúde e o bem-estar das crianças. A promoção de uma dieta baseada em alimentos frescos e minimamente processados é essencial para o crescimento saudável e desenvolvimento físico e mental adequado. Incentivar hábitos alimentares saudáveis desde cedo, incluindo a preparação de refeições em casa e a seleção de ingredientes frescos, pode ajudar a minimizar o consumo de aditivos e promover saúde a longo prazo. Os pais podem preparar lanches caseiros utilizando frutas, verduras e cereais integrais, evitando produtos industrializados. Pode não ser fácil no começo, mas tenho certeza de que é possível e os resultados positivos serão vistos rapidamente. Algumas dicas para reduzir a exposição das crianças aos aditivos químicos:   Prefira alimentos naturais e minimamente processados, como frutas, legumes e grãos integrais; Leia os rótulos e evite produtos com listas extensas de ingredientes desconhecidos; Não tenha em casa refrigerantes, salgadinhos, biscoitos, embutidos  e doces industrializados; Opte por preparar lanches caseiros saudáveis.   Alimentar nossos filhos com comida natural e saudável é algo que nunca vai gerar nenhum arrependimento! Se você precisa de ajuda ou quer facilitar esse processo me envie uma mensagem clicando em um dos links abaixo!  

Transformando hábitos alimentares para um futuro mais saudável!

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